3 de outubro de 2007

Bom ambiente e bom exemplo

O que levou o cardeal Ratzinger, hoje papa Bento XVI, a pensar no sacerdócio foi, segundo diz ele no livro “Sal da Terra” o que ele viu. Sua família era de missa dominical e seu pai, aos domingos, assistia a três missas. Orava-se em casa e, nas horas de lazer, cantava-se em família. Afirma, também, que uma vez quis ser pintor, ao ver o trabalho cuidadoso e bonito de um pintor que ele admirava. Mas como gostava de liturgia e daquelas coisas solenes da sua paróquia, sua vocação foi altamente motivada, quando um cardeal famoso passou por lá e ele viu a festa e o rito da fé. Diz o papa que crianças são motivadas por exemplos e pelo que elas vêem.

Realmente nunca saberemos até onde vai a mensagem, quando ela é profunda. Vai longe. Se for deletéria, também! Mas o bom exemplo faz mais. Deixa marcas mais profundas. Errar, todo mundo erra e, por sermos humanos, pode acontecer que demos muitos bons exemplos e algum dia, algum mau exemplo nosso fira muita gente. Ninguém está isento disso.

A palavra de Deus nos diz que devemos orar para não cair em tentação (Mt.26,41) e que quem está em pé deve cuidar para não cair.( 1 Cor 10,12 ) Escorregões acontecem com qualquer pessoa. Pedro tinha certeza de que jamais trairia Jesus e o traiu.( Mt 26,33) mas, depois, deu exemplo de contrição e arrependimento.

O bom exemplo pode vir de uma vida ilibada e irrepreensível ou de uma vida de penitência e de caridade. As pessoas precisam saber do bem que alguém fez ou faz, mesmo que tal pessoa tenha errado aqui e acolá. Não há santos perfeitos. Só Deus o é. Mas, ainda que limitados os santos deram exemplo de vida.

Oremos para que as famílias, ainda que imperfeitas, dêem o melhor exemplo que puderem. Com elas nós que anunciamos Jesus. Se errarmos, que Deus nos restaure. O provo precisará de nosso exemplo na hora do acerto e também na hora da penitência. Pedro é modelo desse exemplo. Acertou e errou. Mas sua vida mostrou que era maior do que o seu erro. A Igreja viu o seu erro e também a sua virtude. A virtude foi maior. Ele realmente amava Jesus! Ficou o seu amor e não a sua negação. Sirva isso de consolo a quem já errou alguma vez. Vale o acervo de bondade, não aqueles erros daqueles dias!

Nenhum comentário: