Era uma vez um homem que experimentou uma tangerina colhida no pé do pomar de um vizinho. Achou-a ácida, azeda demais. Dois dias depois espalhou que as tangerinas do pomar do seu vizinho eram ácidas e azedas. Experimentou uma tangerina do pomar de um amigo e gostou muito dela. Achou-a doce. E saiu espalhando que as tangerinas do pomar do seu amigo eram doces e as do pomar do vizinho eram azedas. Generalizou. As pessoas começaram a contradizê-lo. Disseram que haviam provado as tangerinas dos dois pomares e o sabor da maioria delas, era igual.
Uma ou outra árvore dos dois pomares tinha tangerina azeda, mas que não era justo generalizar. Ele, porém, continuou generalizando e espalhando que as tangerinas do pomar do seu amigo eram todas doces, e as tangerinas do seu adversário eram todas azedas porque ele experimentava uma de cada pomar. Mandaram que experimentasse mais. Ele não quis. Bastou term provado uma. Cinco anos depois ele tornou-se pregador de uma nova igreja no seu bairro. Agora faz com as igrejas o mesmo que fez com a tangerinas. Quando ele gosta de uma igreja, garante que tudo o que vem dela é santo.
Quando não gosta, garante que lá tudo é do demônio. Vai morrer generalizando e incapaz de examinar caso por caso. Ele acha que quem viu um, viu todos e quem provou um provou todos. Os generalizadores costumam ter inteligência curta e paciência ainda mais curta. Afinal, porque continuar lendo um livro se ao lerem duas linhas eles já sabem tudo?
30 de junho de 2008
18 de junho de 2008
Os católicos e suas velas
Os que criticam o uso que nós, católicos, fazemos das velas, deveriam ler melhor suas bíblias. A mística da luz é muito forte no Antigo e no Novo Testamento. Até hoje, por exemplo, lembrança do judaísmo, o candelabro de sete velas carrega enorme significado. Todas as religiões valorizam a luz em forma de tochas, fachos, velas ou fogo. A questão não é, pois, usar ou não usar e, sim, como usar!
Recordemos que o uso das velas em muitas religiões é mística que atravessou séculos. A teologia da luz permeia todas as religiões do planeta. Sugere ortodoxia, doutrina certa, pureza, partilha e misericórdia. Por isso, sabendo que o fogo está ligado à morte e à destruição, mas também é purificação e vida; sabendo que a luz que vem das velas e das tochas mostra caminhos, todas as religiões valorizam o sinal que vem do fogo e da luz. Porque somos iluminados pelo sol, pela lua e pelas estrelas, as religiões passaram a ver sentido místico em tudo isso. Somos como estrelas, ou luas ao redor do grande Sol que é Deus.
Não é diferente no cristianismo, nem na Igreja Católica, onde Jesus nos diz que nós somos a luz do mundo e que nossa luz deve brilhar (Mt 5,14). Ele mesmo se apresenta como alguém que ilumina a vida dos homens e quer que façamos o mesmo (Mt 5,6; Jo 1,4; 3,19). E é por isso que acendemos velas e vemos sentido no gesto de uma vela que se apagou, curvar-se sobre outra para buscar mais luz. No gesto de iluminar nossas liturgias com muitas velas, estamos dizendo alguma coisa: queremos ser luzes e iluminar.
Somos uma religião que pretende ser igreja de iluminados e iluminadores; pessoas que iluminam e que se deixam iluminar; pessoas que se apagadas, buscam a luz do outro para acender-se outra vez, ou encontrando alguém apagado, levam luz a ele.
A idéia de luz na nossa Igreja e no cristianismo está ligada à idéia do missionário que vai iluminar caminhos; do educador; do professor; dos pais, cuja missão é esclarecer, tornar possível o caminhar. O que é mais: mostra as coisas à luz da nossa fé.
Quem acender uma vela no cemitério, no altar ou em casa para um momento de oração, lembre-se disso: foi Jesus quem disse “Vós sois a luz do mundo.”(Mt 5,14). Lanternas não levam, mas apontam o caminho para quem aceita ir!
Apenas, evite o exagero de pensar que, pelo tamanho da vela, ou pelo número delas vai conseguir mais graças ou milagres. Não é o tamanho do gesto e, sim, a intensidade e a pureza dele, que contam. Jesus elogiou a viúva que dava esmola no templo. Era pouco, mas era muito. (Mc 12,41-44). Leia o texto e entenderá o que realmente vale para Jesus!
Certamente não é a quantidade, nem o número de vezes que repetimos uma oração. Podemos até fazê-lo, mas não pensemos que o número de velas ou de preces determina a diferença. Jesus também fala disso, ao notar que os fariseus e os pagãos falavam muito e repetiam palavras à exaustão ( Mt 6,5-7), ensaiavam longas orações e praticavam injustiças em nome da fé ( Mc 12,40). Disse que a punição deles também seria grande... Não estavam lá para iluminar...
Pe Zezinho scj
Recordemos que o uso das velas em muitas religiões é mística que atravessou séculos. A teologia da luz permeia todas as religiões do planeta. Sugere ortodoxia, doutrina certa, pureza, partilha e misericórdia. Por isso, sabendo que o fogo está ligado à morte e à destruição, mas também é purificação e vida; sabendo que a luz que vem das velas e das tochas mostra caminhos, todas as religiões valorizam o sinal que vem do fogo e da luz. Porque somos iluminados pelo sol, pela lua e pelas estrelas, as religiões passaram a ver sentido místico em tudo isso. Somos como estrelas, ou luas ao redor do grande Sol que é Deus.
Não é diferente no cristianismo, nem na Igreja Católica, onde Jesus nos diz que nós somos a luz do mundo e que nossa luz deve brilhar (Mt 5,14). Ele mesmo se apresenta como alguém que ilumina a vida dos homens e quer que façamos o mesmo (Mt 5,6; Jo 1,4; 3,19). E é por isso que acendemos velas e vemos sentido no gesto de uma vela que se apagou, curvar-se sobre outra para buscar mais luz. No gesto de iluminar nossas liturgias com muitas velas, estamos dizendo alguma coisa: queremos ser luzes e iluminar.
Somos uma religião que pretende ser igreja de iluminados e iluminadores; pessoas que iluminam e que se deixam iluminar; pessoas que se apagadas, buscam a luz do outro para acender-se outra vez, ou encontrando alguém apagado, levam luz a ele.
A idéia de luz na nossa Igreja e no cristianismo está ligada à idéia do missionário que vai iluminar caminhos; do educador; do professor; dos pais, cuja missão é esclarecer, tornar possível o caminhar. O que é mais: mostra as coisas à luz da nossa fé.
Quem acender uma vela no cemitério, no altar ou em casa para um momento de oração, lembre-se disso: foi Jesus quem disse “Vós sois a luz do mundo.”(Mt 5,14). Lanternas não levam, mas apontam o caminho para quem aceita ir!
Apenas, evite o exagero de pensar que, pelo tamanho da vela, ou pelo número delas vai conseguir mais graças ou milagres. Não é o tamanho do gesto e, sim, a intensidade e a pureza dele, que contam. Jesus elogiou a viúva que dava esmola no templo. Era pouco, mas era muito. (Mc 12,41-44). Leia o texto e entenderá o que realmente vale para Jesus!
Certamente não é a quantidade, nem o número de vezes que repetimos uma oração. Podemos até fazê-lo, mas não pensemos que o número de velas ou de preces determina a diferença. Jesus também fala disso, ao notar que os fariseus e os pagãos falavam muito e repetiam palavras à exaustão ( Mt 6,5-7), ensaiavam longas orações e praticavam injustiças em nome da fé ( Mc 12,40). Disse que a punição deles também seria grande... Não estavam lá para iluminar...
Pe Zezinho scj
Em defesa do Planeta
Assusta-me pensar nos rumos que este mundo está tomando. Em menos de 60 anos o homem de tal maneira depredou a natureza que, hoje como hoje, parece não haver retorno. Eu faço parte dessa geração que apressou o colapso da Terra. Não tive poder para impedi-lo. Falei, mas não gritei o suficiente. Eu vi a terra sendo desmatada, poluída e exaurida e não berrei a plenos pulmões. Vi gente morrer pela terra , pelo verde e pelas águas, mas eu não corri o mesmo risco na defesa da tua obra!
Desde a explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, esturricamos o solo do planeta, queimamos as florestas, enchemos a Terra de gás carbônico, e parece que as grandes indústrias não têm intenção de parar com a sua destruição sistemática dos recursos naturais, porque precisam do lucro, como um bêbado precisa de sua garrafa: não sabem parar e não admitem lucrar menos. É a embriaguez do lucro astronômico e urgente.
A Terra foi exaurida e começa a reagir como um ser em agonia. Terremotos, enchentes, tsunamis se sucedem com maior rapidez. Diferente dos pregadores religiosos que dizem que isto é castigo Teu, eu acho que é muito mais tolice nossa. Nós causamos isso!
Pequenas formigas, pequenos cupins podem prejudicar toda uma fazenda, mas nem por isso podemos culpar o fazendeiro por não tê-los destruído. Terias que destruir o ser humano para que ele não destruísse a Terra. Tens avisado, mas as pessoas não te ouvem e muitos nem sequer acreditam que Tu existes. O que acontece é resultado da ganância que é uma forma de fanatismo religioso e de ateísmo. Alguém acha que tem esse direito. Sente-se mais filho do que os outros, ou, não crendo que existas, corre mais depressa para apossar-se do que não lhe pertence.
Religiosos que dizem crer em Ti agem como se Tu não existisses. De manhã lêem a sua Bíblia e se benzem e de tarde vão destruir o teu planeta. Alguns até te invocam para poderem destruí-lo mais depressa. Acham-se no direito de ferir a tua Terra, que demorou milhões de anos para ser como é. Mas como precisam ficar ricos depressa, não hesitam em causar aquelas explosões e manejar aquelas serras, cada dia mais devastadoras. Consideram-se criadores, mas são dês-criadores. Tu fizeste em séculos e decênios e eles desfazem em poucos minutos.
Tenho medo desse tipo de ser humano, Senhor. Não sei conviver com ele. Também não sei mais o que dizer. Então eu oro. Toca-os para que parem em tempo de salvarmos o que restou do planeta! Isto, sim, é o que se pode chamar de macro-egoismo! Livra-nos dele, Senhor. Que não triunfem o capital furioso e o lucro desmedido!
Pe. Zezinho scj
Desde a explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, esturricamos o solo do planeta, queimamos as florestas, enchemos a Terra de gás carbônico, e parece que as grandes indústrias não têm intenção de parar com a sua destruição sistemática dos recursos naturais, porque precisam do lucro, como um bêbado precisa de sua garrafa: não sabem parar e não admitem lucrar menos. É a embriaguez do lucro astronômico e urgente.
A Terra foi exaurida e começa a reagir como um ser em agonia. Terremotos, enchentes, tsunamis se sucedem com maior rapidez. Diferente dos pregadores religiosos que dizem que isto é castigo Teu, eu acho que é muito mais tolice nossa. Nós causamos isso!
Pequenas formigas, pequenos cupins podem prejudicar toda uma fazenda, mas nem por isso podemos culpar o fazendeiro por não tê-los destruído. Terias que destruir o ser humano para que ele não destruísse a Terra. Tens avisado, mas as pessoas não te ouvem e muitos nem sequer acreditam que Tu existes. O que acontece é resultado da ganância que é uma forma de fanatismo religioso e de ateísmo. Alguém acha que tem esse direito. Sente-se mais filho do que os outros, ou, não crendo que existas, corre mais depressa para apossar-se do que não lhe pertence.
Religiosos que dizem crer em Ti agem como se Tu não existisses. De manhã lêem a sua Bíblia e se benzem e de tarde vão destruir o teu planeta. Alguns até te invocam para poderem destruí-lo mais depressa. Acham-se no direito de ferir a tua Terra, que demorou milhões de anos para ser como é. Mas como precisam ficar ricos depressa, não hesitam em causar aquelas explosões e manejar aquelas serras, cada dia mais devastadoras. Consideram-se criadores, mas são dês-criadores. Tu fizeste em séculos e decênios e eles desfazem em poucos minutos.
Tenho medo desse tipo de ser humano, Senhor. Não sei conviver com ele. Também não sei mais o que dizer. Então eu oro. Toca-os para que parem em tempo de salvarmos o que restou do planeta! Isto, sim, é o que se pode chamar de macro-egoismo! Livra-nos dele, Senhor. Que não triunfem o capital furioso e o lucro desmedido!
Pe. Zezinho scj
À sua imagem e semelhança...
Pássaros são semelhantes a outros pássaros. Cães são semelhantes a determinados animais. Mas cães não são semelhantes à pássaros. Montanhas são semelhantes entre si, oceanos são semelhantes, mas a montanha não se assemelha ao mar. O mar não lembra montanhas nem aves lembram cães.
É característica dos semelhantes que um lembre do outro. Há coisas em comum que os fazem não iguais, nem parecidos, mas criaturas que se lembram. O dicionário Aurélio define a palavra semelhança: Relação entre seres, coisas ou idéias que apresentam entre si elementos conformes, além daqueles comuns à espécie.
Vale dizer: semelhante não é igual. Nem necessariamente parecido. É alguém que lembra alguém ou algo que lembra algo porque têm características em comum.
Nesse sentido é que a Bíblia afirma que o Homem é feito à imagem e semelhança de Deus (Gen. 1,26-27) e a teologia católica afirma que somos semelhantes a Deus. Em nenhum momento a Igreja quer dizer que Deus se parece conosco. Nem pode afirmar que Deus se assemelha a nós. Ele não pode ser comparado a nada e a ninguém. Quem se assemelha somos nós que precisamos ser comparados. Se alguém tem algo que lembra alguém, este alguém somos nós que temos valores que lembram o Criador. Já, Deus existiu antes de qualquer criatura e poderia continuar existindo e feliz sendo Ele mesmo, sem nós.
É preciso uma certa dose de humildade para entender o que isso quer dizer: O ser humano lembra a existência de Deus. A idéia de ser humano pode levar à idéia de Deus.
É o que diz o Catecismo Católico quando afirma no número 32 que a pessoa humana é uma das vias de acesso ao conhecimento de Deus.
Deus não se parece conosco, mas o ser humano tem algumas qualidades que apontam para Ele, o OUTRO, o grande ser, Aquele que é quem é. Somos semelhantes, mas estamos longe de ser COMO DEUS. Uma alegoria Bíblica (Ap. 12,9; Mt. 25,41) diz que a revolta dos anjos teve esse teor: Lúcifer, que significa porta-luz, quis ser COMO DEUS. Miguel (que quer dizer: quem é como Deus?), expulsou Lúcifer e seus anjos revoltos do paraíso. Por não aceitar apenas uma leve semelhança e querer mais do que isso, Lúcifer (o porta-luz, o anjo das trevas), tornou-se Satanás (o inimigo, o tentador). É apenas uma alegoria. Mas ensina o suficiente sobre nosso lugar de criaturas humanas. Podemos apontar para Deus, mas nunca seremos pequenos deuses, nem pedaços de Deus. Somos humanos. Há uma distância infinita entre Ele e nós. Deus só está perto porque quis estar perto e ser Emanuel, Deus no meio de nós.
Pe. Zezinho scj
É característica dos semelhantes que um lembre do outro. Há coisas em comum que os fazem não iguais, nem parecidos, mas criaturas que se lembram. O dicionário Aurélio define a palavra semelhança: Relação entre seres, coisas ou idéias que apresentam entre si elementos conformes, além daqueles comuns à espécie.
Vale dizer: semelhante não é igual. Nem necessariamente parecido. É alguém que lembra alguém ou algo que lembra algo porque têm características em comum.
Nesse sentido é que a Bíblia afirma que o Homem é feito à imagem e semelhança de Deus (Gen. 1,26-27) e a teologia católica afirma que somos semelhantes a Deus. Em nenhum momento a Igreja quer dizer que Deus se parece conosco. Nem pode afirmar que Deus se assemelha a nós. Ele não pode ser comparado a nada e a ninguém. Quem se assemelha somos nós que precisamos ser comparados. Se alguém tem algo que lembra alguém, este alguém somos nós que temos valores que lembram o Criador. Já, Deus existiu antes de qualquer criatura e poderia continuar existindo e feliz sendo Ele mesmo, sem nós.
É preciso uma certa dose de humildade para entender o que isso quer dizer: O ser humano lembra a existência de Deus. A idéia de ser humano pode levar à idéia de Deus.
É o que diz o Catecismo Católico quando afirma no número 32 que a pessoa humana é uma das vias de acesso ao conhecimento de Deus.
Deus não se parece conosco, mas o ser humano tem algumas qualidades que apontam para Ele, o OUTRO, o grande ser, Aquele que é quem é. Somos semelhantes, mas estamos longe de ser COMO DEUS. Uma alegoria Bíblica (Ap. 12,9; Mt. 25,41) diz que a revolta dos anjos teve esse teor: Lúcifer, que significa porta-luz, quis ser COMO DEUS. Miguel (que quer dizer: quem é como Deus?), expulsou Lúcifer e seus anjos revoltos do paraíso. Por não aceitar apenas uma leve semelhança e querer mais do que isso, Lúcifer (o porta-luz, o anjo das trevas), tornou-se Satanás (o inimigo, o tentador). É apenas uma alegoria. Mas ensina o suficiente sobre nosso lugar de criaturas humanas. Podemos apontar para Deus, mas nunca seremos pequenos deuses, nem pedaços de Deus. Somos humanos. Há uma distância infinita entre Ele e nós. Deus só está perto porque quis estar perto e ser Emanuel, Deus no meio de nós.
Pe. Zezinho scj
8 de junho de 2008
7 de junho de 2008
Três tipos de católicos
Intelectualmente há três tipos de católicos. Os que gostam de teologia e mergulham fundo na busca de maior conhecimento de Deus e do ser humano; os que gostam de teologia, lêem muito e querem saber o que os teólogos e estudiosos andam dizendo sobre Deus e o ser humano; e os que não estudam, não se importam e não sentem necessidade alguma de teologia. Sentem Deus, querem sentir mais, e chegam a dizer que isto lhes basta.
Você verá os estudiosos debruçados sobre os livros abertos à sua frente, verá suas estantes repletas de obras profundas sobre Deus e a humanidade, a maioria delas rabiscadas ou cheias de anotações. Querem saber mais. Deus mexeu com a sua mente. Sabem quem falou, quando falou, o que disse e quais as conseqüências no seu tempo e, séculos depois, de tudo quanto ele ensinou sobre Deus.
Verá também as estantes dos que gostam de teologia, sociologia, antropologia e outras ciências, repletas de livros. Eles sabem menos do que seus irmãos doutos e cultos, mas têm razoável grau de informação, porque Deus sacudiu também a sua mente. Querem saber mais e corrigem o tempo todo os seus conceitos, à medida que aparecem novas informações. Estão dispostos a aprender com todos os ramos do catolicismo. Abriram sua mente para todas a experiências de Igreja que conhecem. Reconhecem a luz de Deus nos outros e acendem as suas velas nas luzes que Deus deu aos outros.
Verá, depois, as estantes dos que não estudam sua fé. Muitos nem estantes possuem. Na sua casa não há livros. No seu quarto talvez haja uma estante pequena e poucos livros, a maioria devocionais, na linha de espiritualidade do grupo ao qual aderiram. Não espere ver grossos compêndios de teologia, filosofia, sociologia ou antropologia na sua estante. Não se interessam, não precisam e até combatem quem dá importância a isso. E daí se sabem tudo, mas não vivem aquilo no coração? Apostam na vivência, no sentir! Alguns até são pregadores. Abrem sua Bíblia, meditam sobre um trecho e sobre ele pregam sem nunca ter estudado história, Bíblia, sociologia, e, às vezes sem nunca ter lido a Bíblia por inteiro, nem o Catecismo, nem os documentos mais recentes dos líderes da Igreja no mundo, no país e na diocese.
Observe a mídia católica e conclua. Quem está evangelizando os católicos? Na sua maioria são irmãos e irmãs que estudam, vão fundo na teologia, ou são católicos que falam a partir do que sentem e experimentam pessoalmente? Quem chega à maioria dos católicos? Os mestres do estudo ou os mestres da vivência? Observe e decida que tipo de catolicismo você pretende viver! Ele determinará os rumos da sua fé e da sua pregação.
Pe Zezinho scj
Você verá os estudiosos debruçados sobre os livros abertos à sua frente, verá suas estantes repletas de obras profundas sobre Deus e a humanidade, a maioria delas rabiscadas ou cheias de anotações. Querem saber mais. Deus mexeu com a sua mente. Sabem quem falou, quando falou, o que disse e quais as conseqüências no seu tempo e, séculos depois, de tudo quanto ele ensinou sobre Deus.
Verá também as estantes dos que gostam de teologia, sociologia, antropologia e outras ciências, repletas de livros. Eles sabem menos do que seus irmãos doutos e cultos, mas têm razoável grau de informação, porque Deus sacudiu também a sua mente. Querem saber mais e corrigem o tempo todo os seus conceitos, à medida que aparecem novas informações. Estão dispostos a aprender com todos os ramos do catolicismo. Abriram sua mente para todas a experiências de Igreja que conhecem. Reconhecem a luz de Deus nos outros e acendem as suas velas nas luzes que Deus deu aos outros.
Verá, depois, as estantes dos que não estudam sua fé. Muitos nem estantes possuem. Na sua casa não há livros. No seu quarto talvez haja uma estante pequena e poucos livros, a maioria devocionais, na linha de espiritualidade do grupo ao qual aderiram. Não espere ver grossos compêndios de teologia, filosofia, sociologia ou antropologia na sua estante. Não se interessam, não precisam e até combatem quem dá importância a isso. E daí se sabem tudo, mas não vivem aquilo no coração? Apostam na vivência, no sentir! Alguns até são pregadores. Abrem sua Bíblia, meditam sobre um trecho e sobre ele pregam sem nunca ter estudado história, Bíblia, sociologia, e, às vezes sem nunca ter lido a Bíblia por inteiro, nem o Catecismo, nem os documentos mais recentes dos líderes da Igreja no mundo, no país e na diocese.
Observe a mídia católica e conclua. Quem está evangelizando os católicos? Na sua maioria são irmãos e irmãs que estudam, vão fundo na teologia, ou são católicos que falam a partir do que sentem e experimentam pessoalmente? Quem chega à maioria dos católicos? Os mestres do estudo ou os mestres da vivência? Observe e decida que tipo de catolicismo você pretende viver! Ele determinará os rumos da sua fé e da sua pregação.
Pe Zezinho scj
Dinheiro sujo
Não é assim tão relativo quanto muita gente gostaria que fosse. Há dinheiro limpo, dinheiro sujo e dinheiro escuso. O limpo, todos sabem que se ganha com trabalho honesto e sem explorar os outros. Milhões vivem dele ou dele sobrevivem. O escuso merece investigação, porque, embora não possa ser provado sujo, limpo é que não parece. E há o dinheiro sujo que vem do roubo, da corrupção,do assalto, da droga, da morte, do preço injusto, da extorsão, da venda e aluguel de corpos e de pessoas, do produto falso e adulterado, da religião que mente e tosquia as ovelhas sob o doce argumento do dízimo, e de milhares de crimes. Estado, comércio, industria, partidos, políticos, grupos de serviço, igrejas, clubes podem muito bem conseguir dinheiro lícito, honesto e limpo; demora mais, mas é possível.
Era sobre esse dinheiro que Jesus falava, quando propunha a partilha e, na parábola dos talentos, admitia que fosse multiplicado (Mt 25,14-30). Por isso, nós católicos não somos contra o capitalismo nem contra o socialismo, quando respeitam as pessoas. Era contra o dinheiro selvagem e sem coração que Jesus se insurgia, porque amontoado por grupos de pessoas, firmas e corporações, e pelo Estado pantagruélico que, além de tirar a liberdade, come mais de sete meses do trabalho do cidadão, levando-lhe 50 a 60% do que ele produz.
No tempo de Jesus o Estado chegava cobrar 60% dos impostos. Por isso os publicanos eram tão odiados e com eles, também os homens públicos de hoje. Um Estado que não sabe viver sem juros altos está mal constituído e muito provavelmente prostituído. Todo ser humano tem o direito de possuir, desde que não possua com injustiça e não se aposse do que não lhe pertence. O Estado tem o direito de cobrar impostos, já que é raro alguém dar livremente o que tem para os governantes. Os religiosos dão 10% para os pregadores, confiantes de que sua igreja vai crescer e que eles aplicarão honestamente o que foi dado para a Igreja. Mas também ali acontece o desvio.
Com o tempo fica difícil saber se foi dízimo, ou extorsão, tal a culpa que a pessoa sente. Quando vira imposto, o dízimo não é nada santo! Vira extorsão a ritmo de oração. Uma nação tocada a dinheiro sujo parece um rio de águas desviadas. As igrejas, as escolas, as Ongs, os comunicadores e os políticos sérios, precisam urgentemente insistir na cultura do “meu”, do “nosso” e do “não meu”, segundo já insistia o filósofo Platão no seu tratado “De Republica”, quinto livro.
Como estão, o Brasil e outros paises em crise permanente, não deslancharão. São barcos amarrados ao cais pelos cabos da corrupção e do crime.
O único jeito é dar cabo desses cabos!
Pe Zezinho scj
Era sobre esse dinheiro que Jesus falava, quando propunha a partilha e, na parábola dos talentos, admitia que fosse multiplicado (Mt 25,14-30). Por isso, nós católicos não somos contra o capitalismo nem contra o socialismo, quando respeitam as pessoas. Era contra o dinheiro selvagem e sem coração que Jesus se insurgia, porque amontoado por grupos de pessoas, firmas e corporações, e pelo Estado pantagruélico que, além de tirar a liberdade, come mais de sete meses do trabalho do cidadão, levando-lhe 50 a 60% do que ele produz.
No tempo de Jesus o Estado chegava cobrar 60% dos impostos. Por isso os publicanos eram tão odiados e com eles, também os homens públicos de hoje. Um Estado que não sabe viver sem juros altos está mal constituído e muito provavelmente prostituído. Todo ser humano tem o direito de possuir, desde que não possua com injustiça e não se aposse do que não lhe pertence. O Estado tem o direito de cobrar impostos, já que é raro alguém dar livremente o que tem para os governantes. Os religiosos dão 10% para os pregadores, confiantes de que sua igreja vai crescer e que eles aplicarão honestamente o que foi dado para a Igreja. Mas também ali acontece o desvio.
Com o tempo fica difícil saber se foi dízimo, ou extorsão, tal a culpa que a pessoa sente. Quando vira imposto, o dízimo não é nada santo! Vira extorsão a ritmo de oração. Uma nação tocada a dinheiro sujo parece um rio de águas desviadas. As igrejas, as escolas, as Ongs, os comunicadores e os políticos sérios, precisam urgentemente insistir na cultura do “meu”, do “nosso” e do “não meu”, segundo já insistia o filósofo Platão no seu tratado “De Republica”, quinto livro.
Como estão, o Brasil e outros paises em crise permanente, não deslancharão. São barcos amarrados ao cais pelos cabos da corrupção e do crime.
O único jeito é dar cabo desses cabos!
Pe Zezinho scj
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