18 de junho de 2008

Em defesa do Planeta

Assusta-me pensar nos rumos que este mundo está tomando. Em menos de 60 anos o homem de tal maneira depredou a natureza que, hoje como hoje, parece não haver retorno. Eu faço parte dessa geração que apressou o colapso da Terra. Não tive poder para impedi-lo. Falei, mas não gritei o suficiente. Eu vi a terra sendo desmatada, poluída e exaurida e não berrei a plenos pulmões. Vi gente morrer pela terra , pelo verde e pelas águas, mas eu não corri o mesmo risco na defesa da tua obra!
Desde a explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, esturricamos o solo do planeta, queimamos as florestas, enchemos a Terra de gás carbônico, e parece que as grandes indústrias não têm intenção de parar com a sua destruição sistemática dos recursos naturais, porque precisam do lucro, como um bêbado precisa de sua garrafa: não sabem parar e não admitem lucrar menos. É a embriaguez do lucro astronômico e urgente.
A Terra foi exaurida e começa a reagir como um ser em agonia. Terremotos, enchentes, tsunamis se sucedem com maior rapidez. Diferente dos pregadores religiosos que dizem que isto é castigo Teu, eu acho que é muito mais tolice nossa. Nós causamos isso!
Pequenas formigas, pequenos cupins podem prejudicar toda uma fazenda, mas nem por isso podemos culpar o fazendeiro por não tê-los destruído. Terias que destruir o ser humano para que ele não destruísse a Terra. Tens avisado, mas as pessoas não te ouvem e muitos nem sequer acreditam que Tu existes. O que acontece é resultado da ganância que é uma forma de fanatismo religioso e de ateísmo. Alguém acha que tem esse direito. Sente-se mais filho do que os outros, ou, não crendo que existas, corre mais depressa para apossar-se do que não lhe pertence.
Religiosos que dizem crer em Ti agem como se Tu não existisses. De manhã lêem a sua Bíblia e se benzem e de tarde vão destruir o teu planeta. Alguns até te invocam para poderem destruí-lo mais depressa. Acham-se no direito de ferir a tua Terra, que demorou milhões de anos para ser como é. Mas como precisam ficar ricos depressa, não hesitam em causar aquelas explosões e manejar aquelas serras, cada dia mais devastadoras. Consideram-se criadores, mas são dês-criadores. Tu fizeste em séculos e decênios e eles desfazem em poucos minutos.
Tenho medo desse tipo de ser humano, Senhor. Não sei conviver com ele. Também não sei mais o que dizer. Então eu oro. Toca-os para que parem em tempo de salvarmos o que restou do planeta! Isto, sim, é o que se pode chamar de macro-egoismo! Livra-nos dele, Senhor. Que não triunfem o capital furioso e o lucro desmedido!

Pe. Zezinho scj

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